segunda-feira, outubro 12

Sobre pirataria, relacionamentos e assuntos banais

Pensei em um bocado de coisa pra escrever aqui, mas não me veio a cabeça nada que merecesse minimamente um post. Tipo Olimpíada pro Rio, que vai arrebentar com o restante do país, o prêmio nobel da paz pro Obama que prometeu matar o Osama, coisas ridículas assim. Não, nada disso merece nem uma linha. Nem meia.

Então vou ficar por aqui comentando alguns comentários. Achei interessante a reação das pessoas ao post que comentei uma das leis do poder. Falar pouco para que mesmo a maior asneira pareça original. Pelo jeito, e eu não me excluo, todos nós falamos mais do que deveríamos. E talvez seja por isso que a maioria das vezes a gente aparenta ser bobo, inconveniente, arroz de festa, coisas assim.

Vejo que os relacionamentos se desgastam muito mais pela proximidade excessiva do que pelas falhas que cada um comete, invariavelmente. Relacionamentos são seres organicamente vivos, que dependem e aos mesmo tempo são independentes das partes. Tem sinergias que só acontecem quando estão todos no mesmo polo. As ausências são tão ou mais importantes quanto as presenças.

Quero afirmar que quando trata-se de compartilhamento de bens culturais digitais não vai aqui nenhum eufesmimo. Em tese, pela lei dos direitos autorais, nós não poderíamos emprestar um CD ou um livro sem sofrer sanções. Mas isso é aceito apenas porque o alcance dessas midias, salvo se houver copia, é bem reduzido diante da multiplicidade que o meio eetrônico permite. Além de permitir a transferência para qualquer parte do mundo. Nos antigos long plays havia até um dístico: "A reprodução, execução pública e radiodifusão deste disco estão proibidas. Todos os direitos do produtor fonográfico". O artísta nunca era dono da obra. Então, chamar o compartilhamento de pirataria é que deveria ser o crime. Onde já se viu pirata não faturar nada através de suas ações criminosas? Quando alguém compra um cd, um livro, ou DVD está subentendido o direito de emprestar a outras pessoas. Ou não é assim?

2 comentários:

Anônimo disse...

Que chato seria das pessoas se elas tivessem que se limitar a falar somente o que os outros querem ouvir. Iriamos paralisar no tempo. "Vago, amplo e enigmático" são para mulheres que acham que ser misteriosas é um joguinho atraente para conquistar homens. Pessoas marcantes, sejam para o bem ou para o mal, quebram a cara. Vivem de verdade. Regras pré-estabelecidas, como manuais de conduta ou dicas de como sou, são para receitas de bolo.

~PakKaramu~ disse...

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