quinta-feira, agosto 21

Mares da Espanha III


Vicent tinha alguns planos naquela cidade. Pensava em um pouco de diversão, que incluía a presença de mulheres e alguma bebida, obviamente, fazer contato com alguns amigos, para descobrir bons e ansiosos homens em busca de um trabalho embarcado e descobrir novas rotas rentáveis. Viver somente de pilhagens havia se tornado perigoso depois que os reis europeus resolveram dar proteção aos negociantes, mediante a gordos impostos, como contrapartida, obviamente. Toda a Europa urgia por novidades vindas de terras distantes. As riquezas espoliadas em todas as demais partes do mundo eram suficientes para custear os caprichos da nobreza e a burguesia que efervescia.

A visão da bela nobre não foi suficiente para demove-lo radicalmente de seus planos iniciais, mas o deixou com certos desejos, fantasiados, diante da improvável possibilidade de realiza-los. Seguiu o seu caminho rumo a Taberna do Sueco, de propriedade de Thomas Hitnauss, um velho amigo de Vicent que também já havia trabalhado em naves, por alguns anos. A nova atividade surgiu depois que escapou de um naufrágio, perto da costa da África, e a jura de nunca mais arriscar a vida em mares revoltos. Se dizia o último descendente vivo do conquistador escandinavo Erik, o Vermelho. É claro que isso não passava de uma bravata.

Ao perceber Vicent adentrando no recinto, Thomas abriu o sorriso e caminho em passos rápidos para recebê-lo. A amizade era fortalecida pela fidelidade demonstrada em uma viagem que ambos realizaram a Grécia, em busca de antiguidades. Hitnauss não perdeu a vida porque o espanhol atirou-se ao mar para salva-lo. O sueco, embriagado, deixou-se arremessar às águas pelo movimento da vela e só não se afogou porque o amigo arriscou-se no resgate. Um coração escandinavo é incapaz de esquecer um gesto tão nobre, teria ele dito, certa vez.

Hitnauss percebeu, ao abraça-lo, que o amigo ainda estava tão vigoroso quando da ultima vez que o havia visto, apesar de ter percebido um pouco de aprofundamento em suas expressões faciais. Talvez estivesse um pouco mais magro, mas nada muito perceptível. Sabia também, que Vicent iria fazer algum pedido de alguma informação ou coisa que o valha. Essa era a rotina dos seus encontros. E ele tinha o prazer em poder ajuda-lo sempre. Não por se sentir devedor de alguma coisa, mas pela alegria de auxiliar um amigo tão valoroso. Quem não queria ter alguém capaz de arriscar a vida por si, em seu ciclo de amizades?

Vicent, a princípio nada falou. Apenas sorriu e correspondeu ao abraço forte do sueco. Logo, ambos estavam sentados, diante de generosas canecas de vinho, falando sobre trivialidades, contando histórias vividas por ambos, conjuntamente. Vicent também falou de sua última viagem e de sua vontade de entrar em definitivo no mercantilismo formal, com direito receber garantias da Coroa. A família real, segundo as informações que havia recebido, estava fazendo concessões aos burgueses e ele também queria se beneficiar. óriasvam sentados, diante de generosas canecas de vinho, falando sobre trivialidades, contando hist em suas expresso mundo eram sufi

Um comentário:

Anônimo disse...

T invito a ver mos power points a mi BLog, saludos!