
Luta inglória
Do homem com a máquina.
Quanto mais rápida,
Mais fantástica
Mais perfeita,
Mais vidas são ceifadas.
A vida, o universo e tudo mais...
Muito bom! São tantos lugares que ainda não conheço, mas entre os que já fui, sem dúvida este paraíso em cima da serra merece sempre um retorno, por mais breve que seja. Ainda mais quando cercado de amigos, boa música em clima ameno e de festa. Aos que me propiciaram estes momentos de paraíso terrestre, o meu agradecimento. Próximo ano, se tudo estiver dentro dos conformes, quero repetir a dose, cercado pelos mesmos e novos amigos.
Minha amiga Karina, hoje deve estar descendo umas ondas lá pelos lados de Taíba. Pelo menos foi o que disse, na última quinta-feira, quando a gente se encontrou para comer uns carangueijos na praia. Kaká, apesar de morar aqui algum tempo, ainda não perdeu muito dos trejeitos paulistanos. Tipo mandar todo mundo tomar naquele canto, ou não entregar os pontos tão facilmente, a là Joseph Klimber.
Foi exatamente isso que ela fez, ao retornar na terça, de São Paulo, após umas longas férias. E quase que fica por lá, mas aí já é outra história.
-Um momento, vôo perguntar.
-Mas moço, tem a minha prancha sim, eu vi quando ela foi colocada no avião!
-Olha, eu já mandei verificar e nada foi encontrado!
-Mas eu vi, e eu quero a minha prancha, não saio daqui sem ela!
-Se quiser invadir a pista fique a vontade!!!
A última frase do cidadão foi a deixa pra Kaká passar pelo buraco por onde passa a bagagem e, puxando a sua mala de rodinha, invadir a pista. Foi até o avião que pensava ser o seu e se certificou aos gritos com o flanelinha de aeronaves que transita pelo estacionamento de tapa-ouvidos.
-ESTE É O VÔO DA TAM VINDO DE SÃO PAULO?????
-É SIM!
-POR FAVOR, PODE DAR UMA OLHADA PARA VER SE TEM UMA PRANCHA AÍ?
A mãe, que do saguão do aeroporto assistiu boa parte do causo, com a voz calma só disse: “minha filha, por que você fez isso". Foi quando ela explicou que não foi só pela prancha que tomou aquela atitude, mas também porque junto havia 12 calcinhas novas e ainda uma roupa de borracha que havia ganho em Ubatuba.
Onde estão os paladinos que se locupletavam politicamente do caos social em que se transformou a cidade, decorrente, principalmente do descaso com a nossa população menos favorecida, através de décadas?
Muita coisa mudou. Em tempos recentes, bastava se falar em reintegração de posse de qualquer terreno baldio que dezenas de entidades e lideranças políticas as mais diversas, e principalmente as que se afirmavam de esquerda, se levantavam em defesa de uma meia dúzia de invasores profissionais. E haja a se travar guerra de liminares judiciais, em busca de assegurar qualquer direito, mesmo sem ter, a alguém. O resultado deste esforço destes abnegados pela causa popular se apresentava nas calendas de outubro, em forma de votos.
Hoje é aniversário da minha amiga yogue Brenda. Liguei perto de meio-dia para parabenizá-la.
-Olá Brenda! meus parabéns!
-Obrigada....
-Tudo Bem?
-Estou chorando...
-Por que? O que aconteceu?
- É que no dia do meu aniversário meu almoço é um ovo, foi tudo o que fizeram para eu comer...
-Poxa, que malz, mas vc é vegetariana, né?
-Foi isso que me disseram quando me viram triste!!!
Apesar da tragédia grega, não pude deixar de achar este episódio engraçado... Claro que a convidei para almoçar, mas ela recusou, avisando que a sua mãe ia chegar logo mais e iria levá-la para uma mesa mais farta.
À noite, nos encontramos no Açaizeiro, com direito a bolo e velinhas.
Grande beijo a minha amiga Brenda que merece, mais que ninguém, continuar sendo esta pessoa feliz, apesar do gosto musical profundamente duvidoso. Hehe!.