sábado, dezembro 4

Cegos por Justiça


Quando assisti Cegos por Justiça me veio a cabeça a filósofa Hannah Arendt, que escreveu sobre os nazistas e os criminosos de guerra. Ela considerou que as atrocidades da Segunda Grande Guerra não deveriam ser somente atribuídas aos comandantes alemães, mas aos pais de família que assistiram passivos a todos os crimes. Disse ainda sobre Eichmann, o arquiteto da "solução final", que ele era alguém "horrivelmente normal".

O filme mostra a transformação moral de um casal, Elise e Craig, que se ver subtraído de seu mais precioso bem, o filho único de seis anos, Benjamim. A criança estava sob a guarda do pai.
O sequestrador, Kozlowski é um piscopata que queria dar vazão aos seus instintos bestiais e não visava a um resgate. Benjamim é morto após passar por sessões de toda sorte de tortura. O diretor e roteista, Robert Lieberman, nos poupa das cenas mais fortes. Mas só nesta parte do filme. O que se segue é de um sadismo parecido com o dos personagens.

O sortuno que se segue é bem anunciado. Se não bastasse o título original ser "Tortured", as cenas presentes são aprentadas com uma coloração sépia, criando uma atmosfera sortuna, enquanto que os flashbacks mostrando a criança alegre, se divertindo sob os olhos dos pais, são em cores intensas.

O assassino piscopata é apanhado, preso e condenado a 25 anos de cadeia. Fez um acordo com a promotoria. Mostraria a localização de outras ossadas em troca da redução da pena, que poderia chegar a prisão perpétua. Os pais ficam inconformados. Principalmente a mãe, que não poupa o pai pelo suposto descuido com o filho. Tudo isso com apenas 20 minutos de exibição.

O que se segue é a busca por vingança. Graig, sempre estimulado por Elise, esquece a sua vida profissional e passa a elaborar um plano de sequestro para o psicopata que questá cumprindo pena. Em um deslocamento do preso, eles conseguem o intento. Roubam a van que conduzia Kozlowski. Um primário golpe de colocar algum laxante na bebida dos guardas. Obrigados a parar para dar vazão às necessidades, deixam a chave na ignição, o que facilita o roubo. A camionete vira, e o suposto psicopata é apanhado com o rosto um tanto quanto machucado.

Depois, Dias seguidos de tortura, em uma cabana abandonada em meio a um floresta. Elise tinha conhecimento do local por ser corretora de imóveis. O casal, a princípio não suporta muito bem a própria maldade com o preso. Mas depois passam a sentir prazer com isso, sempre evocando as maldades que o algoz de seu filho sofreu. De um casal normal, transfiguram-se em pessoas tão doentes quando aquele que eles querem punir. Chegam a fazerem sexo entre uma sessão de tortura e outra, sempre mostradas com requintes de detalhes. Nem de tripas expostas o diretor nos poupa. Imagens de fazer sexta-feira 13 um diversão infanto-juvenil.

Sinceramente, não sei porque alguns filmes querem se notabilizar pela super realidade de suas cenas. Não bastassem as imagens, o personagem ainda grita desesperadamente, minutos a fio, sem nenhuma complascência de seus torturadores. Vale salientar que Lieberman dirigiu a consagrada e premiada série Arquivos X. Não é lógica tamanha queda de qualidade de direção. Não sei nem porque vi esse filme até o fim. Mas o desfecho é risível. O torturado, na realidade não era o psicopata, mas outro preso que estava também na van. Ninguém é preso, e o que sei viu foi tão somente a violência pela violência. Nenhuma epifania acorre. Filme para sádicos, eu diria. Se você não faz parte dessa categoria mental, o torturado foi você.

Título no Brasil: Cegos Por Justiça
Título Original: The Tortured
Paísde Origem: EUA , Canadá
Gênero: Terror, Suspense
Tempo de Duração: 78 minutos
Ano de Lançamento: 2010

Direção: Robert Lieberman
Erika Christensen ... Elise
Jesse Metcalfe ... Craig
Bill Moseley ... Kozlowski
Chelah Horsdal ... Liane Strader
Fulvio Cecere

Jakob Davies ... boy

13 comentários:

Raquel Soares disse...

O comentário foi no post errado, mas tudo bem.

Anônimo disse...

O filme é maravilhoso, pena que mostra poucas cenas de tortura. O lixo que foi torturado não era o psicopata, mas também merecia. E o que alguns chamam de sadismo eu chamo de JUSTIÇA! Tortura lenta e morte: é o que deveria acontecer não só com os bandidos mas também com os canalhas que os defendem, os famigerados defensores de "direitos humanos" (leia-se "direitos dos manos"). Parabéns ao diretor, ao roteirista e a toda a equipe técnica desse maravilhoso filme. Pena que é só ficção. O POVO PRECISA DE JUSTIÇA PESADA!

Unknown disse...

Oi, eu assistir o filme ontem e é verdade quem foi torturado foi mesmo nós no filme, bem eu gostaria de responder do comentario acima que a revoltal, o odio e vigança é o que sempre vem e em punir alguem, mas o ruim mesmo é quando nos julga alguem não que se arrepende mas sim o errado, nos sabemos q a justiça faz o seu lado mas acaba sendo pouco, na aquela parte do filme q o homem fala q perdeu a memoria mesmo q seja mentira ou verdade eu creio no espiritismo, na vida apos a morte e e quando a vitima q era o torturado por engano ele na verdade nasceu d novo mas com o espirito bom! e tem uma parte do filme q o espirito do menino aprece e ele fica balançando a espada ele faz o sinal de não, pedindo q seus pais parem, e tbm tem horas no filme q o casal não vontade de torturar o homem mas no final é mais revoltante e mais dor de cabeça, mas eu creio numa coisa e tenho certeza que a Justiça Divina é a esperança! não faça justiça com as mão mas sim seja uma pessoa de fé mesmo indo ou não para uma igreja tenha certeza reza sempre e agradeça sempre a vida por te proteger e te mas um dia de vida o que flatou nesse filme foi Jesus neles e em todos!
OBS: concertaza o psicopata verdadeiro não se safou dessa mas sim a sua alma que não, se fosse fatos reais eu sempre rezaria para a alma do que foi torturado erradamente e que não era pq esse teve uma novo chance e vida quando perdeu a memoria mas infelismente acordou o beco sem saida, mas tenha fé isso nunca vai acontecer com uma criança, mulher ou pelo julgado erradamente! basta ter Fé.

Anônimo disse...

Que filme imbecil!!

"Vamso deixar a chave bem exposta para caso o senhor quiser fugir..." Filme retardado.

Anônimo disse...

Retardado é vc que deveria ser torturado assim...

Anônimo disse...

Eles torturaram o cara certo. Concordo com o Leonardo!
Teimoso é quem teima comigo!

Anônimo disse...

Filme idiota, será que não viram que eram outra pessoa. E como o torturado não morreu depois de tudo?
Não perca tempo assistindo.

Anônimo disse...

Primeiro eu fiquei na dúvida se era o cara certo ou não, depois mostra o outro, era o cara errado. Mas, ele resolveu ficar como se fosse o cara certo, para dar alívio aos pais. Eu entendi assim.

Anônimo disse...

Filme teve situações ridículas;
●Foi tão fácil resgatar um preso!
●Porque o preso principal não fugiu?
●Porque a polícia foi procurar os presos no mato e não na casa?

Unknown disse...

Também foi o que entendi.

Unknown disse...

Na verdade ele ficou inconsciente e ouviu o nome do garoto. Acabou que achou que realmente fez aquilo e que merecia. Mas de fato não era ele

PEDRO LIMA SANTOS_SP disse...

Minha namorada adorou o filme. A gente se colocando na posição dos pais pensa em vários castigos pro psicopata. Uma lobotomia mas sendo o preso errado a situação fica uma sinuca de bico. Tem q ter uma continuação.

Mamonanonima disse...

O filme é genial. Nem de longe se trata de violência pela violência, mas ao contrário mostra justamente a transformação moral que o casal passou. Além de tem torturado o cara errado, o cara errado percebeu o sofrimento do casal e por isso deixou aquele bilhete. Há uma lição muito valiosa nesse filme. Não precisa dar gênio para perceber