Alguém assistiu ao debate do Obama e do Mcain? Não tive muita paciência. O que ouvi mais irritou do que qualquer outra coisa. Quem esperava que o negão, por ser democrata, vindo de uma minoria, iria ter um discurso mais conciliador, em defesa da paz ou qualquer coisa menos beligerante do que tem sido os esteites nos últimos anos, esqueça. Não tinha muita ilusão em se tratando de uma disputa por corações e mentes do povo mais cheio de soberba que se possa imaginar.
Obama só falou em liderar o processo mundial de pacificação do mundo. A pax americana. Destruir todas as possibilidades de algum revanchismo árabe, reforçar a invasão do Afeganistão e deter a possibilidade de proliferação de arsenais nucleares no oriente, notadamente entre os adversários de Israel, parceiro de todas as horas e invasões no mundo. Falou até em apoiar ditaduras aliadas do governo americano. Com Obama ou sei ele, tudo continuará do mesmo jeito. Com esse discurso, teatral, como todos os discursos políticos, foi indicado vencedor pela pesquisa de opinião da CNN. 51 a 38%. Que bela droga para o resto do mundo. O o resultado fosse outro, a droga seria a mesma.
Outra notícia que me chamou a atenção foi mais uma chacina em escolas. Desta vez da Finlândia. A segunda em menos de um ano naquele país. Crimes dessa natureza, praticados por dementes americanos, como aconteceu em Columbine, são até previsíveis. Afinal de contas uma sociedade feita para formar psicopatas a partir de uma competição doentia entre as pessoas, em todos os níveis, gerando toda sorte de segregação, discriminação, preconceitos, formação de guetos, não se pode esperar boa coisa mesmo. Mas na Finlândia, país com o 11º IDH do mundo, com apenas 4 milhões de habitantes distribuídos em 337 mil km² e uma divisão de renda bem menos selvagem do que nos Estados Unidos, não era para estar se produzindo em sua sociedade elementos como Matti Juhani Saari, que assassinou 9 estudantes e depois se suicidou. No final passado, outro finlandês deu cabo de 7. Chacinas em profusão em solo distante.
Nos Estados Unidos já são tantos casos, que se tornaram rotina. Porém, parece até uma epidemia se espalhando pelo mundo. No Brasil já aconteceu coisa semelhante. Os meios de comunicação são o elo de ligação entre esses casos. Acontece alguma barbárie que se transforma em notícia, que é explorada a exaustão, mostrada sob todos os ângulos possíveis, que é difundida por todo o mundo, que chega até alguém desgostoso da vida incitando-o a repetir a chacina veiculada. É claro que não é com esse objetivo que Bonner e Bernardes, com aquele ar grave, falam de mais uma tragédia acontecida na gélida Escandinávia. Mas que está aí aberta a porta do mimetismo, eu não duvido.
Outra notícia que eu acho que também não deveria ser divulgada foi uma que vi ontem. A reportagem foi bem didática. Mostrava como os ladrões roubavam os carros para assaltar lojas, arrombando as portas dando ré nos veículos. Ninguém se espante se coisas desta natureza ou parecidas começarem a ser reproduzidas em todos o país.
Um comentário:
´putz, concordo em gênero, numero e grau com cada linha.
é fogo... não sei se existem limites pra tudo isso. enquanto isso, vamos cada vez mais tentando nos proteger dentro do nosso mundinho. =/
bom dia querido =*
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