quinta-feira, janeiro 20
As mães de Chico Xavier
No sábado passado assisti a cópia ainda não finalizada do filme As Mães de Chico Xavier, a convite do produtor, Luís Eduardo Girão. Como o filme só será lançado em abril, ele nos pediu para não sair com nenhum spoiler, e eu, claro, não vou quebrar a confiança, sorry. O que posso falar sobre o filme é que vale a pena. De todos as produções que remetem de alguma forma ao médium espírita, talvez seja esse a mais comovente, com um roteiro bem amarrado e sem enveredar por questões meramente doutrinárias, que muita vezes aborrecem o público que não professa a religião espírita e empobrece a história.
Básicamente, o filme retrata a vida de mães e parentes de pessoas que desencarnaram (para usar o termo espírita), e procuram o mineiro Chico Xavier em busca de algum conforto espiritual. A história dessas mães é acompanhada por um repórter materialista, que se descobre em meio a farto material jornalístico, diante do que encontra em Minas Gerais. Mas o filme vai muito além disso, discute o sentido da vida, as repercussões de nossas atitudes, e os nossos valores diante das transformações do mundo.
O filme foi quase todo rodado no Ceará, com uma produção de primeira linha. Mesmo sem se reportar em qual época a historia se passa, a utilização de veículos antigos dar um veracidade às cenas. Para os amantes de carros veteranos, o mercedes conversível mostrado no início da produção é de encher os olhos.
Considero um ponto alto a intepretação da atriz Tainá Müller, que faz uma jovem com uma gravidez indesejada, vivendo o dilema entre se entregar à maternidade ou abortar o futuro filho. Também o repórter vivido por Caio Noblat passa credibilidade. Enfim, todo o elenco está muito bem, o que não é muito fácil, quando se trata de caracterizar pessoas reais, muitas delas ainda estão vivas.
Recomendo, independente de suas crenças espirituais ou religiosas. Mesmo se quiser tratar a obra como ficção, ela é capaz de lhe prender a atenção e tocar o seu sentimento.
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2 comentários:
Não tenho a menor dúvida que vou chorar horrores vendo esse filme. Além de ser chorona pra filme, ainda sou louca pelo Chico Xavier.Sorte sua já ter assistido!
Não sei se é da época, mas um carro que sou apaixonada é o Impala. Ô carro lindo!
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