Tenho ficado ao largo dessa discussão sobre a construção de Belo Monte, já escaldado com a patifaria que quiseram fazer contra a transposição do São Francisco. Afinal de contas, cada centavo investido por aqui é um centavo a menos pro lado rico do país. Compreensível, pela ótica capitalista, que tem como objetivo acumular mais riqueza para quem já tem muito, óbvio.
Mas Belo Monte, me parece, tem um Q a mais. É claro que não sou mais criança para acreditar nessa história de preservar floresta ou pesqueiro para índio. Afinal de contas, a mata não deixou de ser derrubada um só dia do ano, e nunca se viu nenhum movimento preservacionista tão inflamado como esse, nem por ONGs multinacionais nem por artistas globais. Aí comecei a perceber outros elementos da equação.
Antes de expor o que venho pensando, vale lembrar quer o Brasil já construiu hidrelétricas, usinas nucleares, fez transposição de rios e agora vai explorar o pré-sal, todas obras de relevantes interesses econômicos no Sudeste, e ninguém daqui ou de alhures minimamente se insurgiu, por motivos ecológicos, preservacionistas ou obscuros, apesar de terem impactos semelhantes ou muito mais indesejáveis que Belo Monte.
A usina a ser implantada na Amazônia vai produzir energia, o bem mais precioso para qualquer projeto desenvolvimentista. Não se trata de ligar ipods, leptops, ou PCs. Aqui estamos falando de força motriz para movimentar parques industriais, a exemplo de São Paulo que tem a sua voracidade energética suprida por Itaipú, usinas nucleares e outros penduricalhos. E como todos sabemos, ou pelo menos aqueles que pagam conta de energia sabem, que este é um item do custo de vida que tem se elevado bem acima da inflação. Explica-se com um simples cálculo apresentado a todos nós em disciplinas introdutórias de economia. Aumenta a demanda, mantém-se a oferta, elevam-se os preços.
E como todos nós sabemos, energia produzida por meio hidráulico é a mais barata entre todas. Ou seja, Belo Monte vai ofertar para o país energia elétrica em grande quantidade a baixo preço, inundando o mercado consumidor (perdoem-me o trocadilho repórter global). Acho que já estão sabendo aonde a equação nos leva. Com mais energia barata produzida, o preço da conta de energia tende a cair, ou pelo menos não ser aumentada na mesma velocidade. E isso, sem dúvida, não interessa nem de longe às distribuidoras de energia do país, hoje nas mãos de grandes trustes internacionais. É só acompanhar a sanha que acontece sempre que a Aneel se reúne com os distribuidores para fixar os reajustes de tarifas. Coelce e assemelhadas, mesmo aferindo lucros que ultrapassam em muito 10 dígitos anualmente, sempre querem mais e mais.
Fora isso, ainda podemos inferir algumas teorias conspiratórias. Porque, afinal de contas há muitos interesses em jogo e poder real do mundo está o tempo tudo querendo alguma coisa a mais para si. Mas, por enquanto, vou ficando só nisso mesmo.
Por vc,. Mic! =)
Mas Belo Monte, me parece, tem um Q a mais. É claro que não sou mais criança para acreditar nessa história de preservar floresta ou pesqueiro para índio. Afinal de contas, a mata não deixou de ser derrubada um só dia do ano, e nunca se viu nenhum movimento preservacionista tão inflamado como esse, nem por ONGs multinacionais nem por artistas globais. Aí comecei a perceber outros elementos da equação.
Antes de expor o que venho pensando, vale lembrar quer o Brasil já construiu hidrelétricas, usinas nucleares, fez transposição de rios e agora vai explorar o pré-sal, todas obras de relevantes interesses econômicos no Sudeste, e ninguém daqui ou de alhures minimamente se insurgiu, por motivos ecológicos, preservacionistas ou obscuros, apesar de terem impactos semelhantes ou muito mais indesejáveis que Belo Monte.
A usina a ser implantada na Amazônia vai produzir energia, o bem mais precioso para qualquer projeto desenvolvimentista. Não se trata de ligar ipods, leptops, ou PCs. Aqui estamos falando de força motriz para movimentar parques industriais, a exemplo de São Paulo que tem a sua voracidade energética suprida por Itaipú, usinas nucleares e outros penduricalhos. E como todos sabemos, ou pelo menos aqueles que pagam conta de energia sabem, que este é um item do custo de vida que tem se elevado bem acima da inflação. Explica-se com um simples cálculo apresentado a todos nós em disciplinas introdutórias de economia. Aumenta a demanda, mantém-se a oferta, elevam-se os preços.
E como todos nós sabemos, energia produzida por meio hidráulico é a mais barata entre todas. Ou seja, Belo Monte vai ofertar para o país energia elétrica em grande quantidade a baixo preço, inundando o mercado consumidor (perdoem-me o trocadilho repórter global). Acho que já estão sabendo aonde a equação nos leva. Com mais energia barata produzida, o preço da conta de energia tende a cair, ou pelo menos não ser aumentada na mesma velocidade. E isso, sem dúvida, não interessa nem de longe às distribuidoras de energia do país, hoje nas mãos de grandes trustes internacionais. É só acompanhar a sanha que acontece sempre que a Aneel se reúne com os distribuidores para fixar os reajustes de tarifas. Coelce e assemelhadas, mesmo aferindo lucros que ultrapassam em muito 10 dígitos anualmente, sempre querem mais e mais.
Fora isso, ainda podemos inferir algumas teorias conspiratórias. Porque, afinal de contas há muitos interesses em jogo e poder real do mundo está o tempo tudo querendo alguma coisa a mais para si. Mas, por enquanto, vou ficando só nisso mesmo.
Por vc,. Mic! =)
Um comentário:
Bem.. eu discordo em algumas coisas do texto. Mas ele ficou muito mais gostoso de se ler depois de justificado. heheheh valeu Julio! Um brinde a nossa amizade! ; )
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