É uma coisa que venho percebendo evoluir. A tão propalada emancipação feminina, decantada em versos e prosa, está aproximando as mulheres de práticas até então muito mais afeita aos homens: trapacear o sexo oposto. Não que isso não tenha acontecido em priscas eras, ou que seja algo tão diferente do que sugere Machado de Assis em Dom Casmurro, mas a coisa está assumindo proporções continentais, penso eu.
Homem não presta, a maioria deles, posso até concordar. Mas o que vem passando pela cabeça de suas costelas? Será que, de um modo geral, elas ainda se diferenciam? Dias desses, ouvi falar de uma pesquisa realizada em Pernambuco dando conta de que os chifres habitam as cabeças masculinas e femininas nas mesmas proporções. Asssustador para que não gostaria nunca de ser chamado de corno. Mas é melhor ir se acostumando com a possibilidade se não quiser entrar em colapso se esse malfadado dia chegar. Infidelidades rondam a tudo e a todos. Daquelas bem desagradáveis do tipo que só sabe depois que todos já tomaram conhecimento. É... o chifrado, não raras vezes, é o último a saber.
Tudo isso é só a introdução de certa história que me foi contada como verdadeira. Uma determinada pessoa estava feliz da vida com a namorada. Toda perfeitinha, do jeito que a sua mãe gostaria. A nora que ela pediu a Deus. Aconteceu que um belo dia, a menina informou que o relacionamento deveria chegar ao fim. Proposta de emprego fora do estado, de salário irrecusável. Como nenhum dos dois acreditava em romance a distância resolveram em meio a lágrimas por a termo aquela história que tinha tudo para ter final feliz, não fossem as questões econômicas e geográficas.
Mas ela, volta e meia visitava a cidade. Afinal de contas, Pernambuco não é tão distante e o gordo salário era capaz de financiar indas e vindas duas vezes por mês. Quando aqui chegava, sempre ligava para o ex-namorado, que, saudoso ia direto aos seus braços viver tórridos momentos de um amor impossível pelos motivos anteriormente apresentados.
Tudo corria assim, em meio a troca de mensagens internéticas apaixonadas, recobertas de lamentações pela ironia do destino, que de forma tão nefasta tornou-os distantes. Um belo dia, uma amiga em comum, falou para ele que tinha visto a ex-namorada em determinada balada. Mas como assim? Perguntou incrédulo. O que estaria acontecendo, leia a seguir.
Foi atrás de tirar a dúvida que passou a povoar seu juízo. Descobriu em suas andanças que a ex-namorada, na realidade, não tinha nunca se mudado para outra cidade. Estava tão somente a fim de aprontar todas e mais algumas ungida por uma conveniente solterice. Quando a saudade apertava, recorria aos velhos, bons e conhecidos braços, que lhe continuavam disponíveis. Dá pra imaginar o fight que rolou depois disso. Acerto de contas que entre mortos e feridos todos sobreviveram. Acho que todo mundo já deve ter em seu acervo histórias semelhantes que endossam a tese da igualdade entre os sexos. No melhor e no pior. Até lágrimas são passíveis de serem questionadas.
terça-feira, abril 14
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5 comentários:
Sera incrivel como eu ainda consigo me assustar com historias assim ou eu sou mesmo um et?
Nunca fui santa e nem pretendo ser.
A uncia bandeira que carrego é a da lealdade e fidelidade aos seus sentimentos... mas acho triste usar e magoar tao descaradamente outra pessoa.
Mas enfim, atire a primeira pedra quem nunca errou...rs
Fato é que a vida segue e que no fim, sempre plantamos o que colhemos...
o mundo gira.
Bom ler suas palavras novamente.
Eu convivi com uma pessoa que curtia esse tipo de mentira. Mas, era um homem!!!! safado,claro.
CARACA!!!! choquei-me!!!! até pra ser biscate existe limites minha gente! vamo com calma aí...inventar uma mentirona dessas soh pra vadiar??? ai, já chega. eh lendo essas que realmente dá vontade de continuar solteira.
e um viva as mulheres e homens "perfeitinhos" que as sogras adoram...kkkk.
um beijo grande!
=]
Histórias como essa só reforçam minha descrença no ser humano, que hoje não valoriza mais sentimentos tão importantes como honestidade e lealdade. É uma pena que a raça humana esteja se transformando em espécie de mata-mata, onde vence o que capturar mais presas...
Que bom que vc voltou! O curso foi bom? Que tal compartilhar algumas dicas com seus leitores fiéis?
Beijos!
Nooooosa, to passada tb...
Mas que falta de coragem desta moça... pq não simplesmente disse a real... que quilomètrica mentira.... talvez, se fosse sincera, ainda teria os conhecidos braços para quando necessitasse...ou talvez... tudo isso aconteceu assim pq tinha que ser assim!! Pq ela não mais merecia tais braços e abraços! E ele, assim, pode agora viver de fato a própria vida! Sem esperá-la, sem alimentar sua doce vinda!
Bj
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