Sob o Domínio do Medo (Straw Dogs – cachorro de palha, em uma tradução literal) é uma refilmagem. O original é de 1971, dirigido Sam Peckinpah, com Dustin Hoffman interpretando o protagonista. Eu estava esperando assistir o antigo primeiro para só em seguida escrever sobre a nova versão de 2011. Já está no HD, ainda inédito aos meus olhos, mas vamos em frente. Este filme é pura tensão, desde o início. Que nos leva a uma desequilíbrio constante. Não dá para respirar tranquilo enquanto não chega ao fim.
A história conta a chegada de um roteirista de Hollywood, David Summer (James Mardsen), em uma pacata cidade do interior do sul dos Estados Unidos, com a sua esposa, Amy (Kate Bosworth) uma jovem atriz e, talvez a mais ilustre personalidade do lugarejo. Ela havia herdado uma propriedade do seu pai e resolveram passar uma temporada na cidade e aproveitar a tranquilidade da região. Nada como escrever um novo roteiro no silêncio do campo.
Mas a tão almejada tranquilidade rapidamente se dissipa. Logo que chegam ao local a Amy, considerada uma celebridade por todos da cidade, principalmente os homens, por seu trabalho em um seriado de TV, é visivelmente cobiçada. E ela não se nega de lançar boas doses de sensualidade ao meio, como se divertisse em atrair as atenções masculinas. Entre estas, a de um ex-namorado (Alexander Skarsgard), que se acha ainda no direito de se insinuar para Amy.
Na trama não falta também o valentão do bar, que não aceita o assédio de um homem, com distúrbios mentais a sua filha, e o espanca rotineiramente, sob o pretexto de mantê-lo afastado. Aparentemente descontextualizada, essa subtrama, no entanto, assume importância fundamental no desfecho da história, mostrando bastante engenhosidade na concepção do roteiro. Um inserção orgânica e convincente.
A tensão, mobilizada por Amy amplia-se de proporção a medida em que ela resolve provocar os quatro trabalhadores contratados para consertar a coberta da garagem de sua propriedade, entre esses o seu ex-namorado. Por conta de uma discussão com o marido, Amy troca-se de janela aberta, na altura do telhado, encarando aqueles homens, em trajes de serviço. Isso desperta a sanha machista dos trabalhadores que tramam de alguma forma satisfazer os instintos. A partir desse ponto, não há monotonia. O público antecipa o que está prestes a explodir, enquanto David apenas suspeita que algo não está correto, nas relações de sua esposa com os habitantes da cidade, notadamente os homens.
Os trabalhadores, com a evolução da história, sentem-se cada vez mais a vontade na propriedade, já que estão em maior número e são visivelmente mais condicionados fisicamente que o roteirista. Com isso, aprofunda-se um processo de intimidação e o cerco a Amy. E nada parece deter o curso dos acontecimentos, nos levando a um desfecho com forte carga dramática. Soma-se a isso, uma possível crise do casal, que volta e meia trocam acusações entre si. ele visto por ela como um covarde por não enfrentar os caras que a assediam e ele por considerar o comportamento de sua esposa excessivamente sensual, principalmente em uma cidade pequena, do sul dos EUA.
Vale aqui dizer que o filme original escandalizou o público e a crítica da época, por sua violência em cenas explícitas. A refilmagem, que foi baseado no mesmo livro Straw Dogs não deixa nada a desejar nesses dois itens. Apesar de os roteiristas serem outros, a montagem da história se deu de forma linear, meio que abandonando a tendência atual de histórias pontuadas de flashbacks, que muitas vezes me entediam. Um bom filme que merece ser visto por todos e principalmente por quem curte histórias contadas com primor.
Diretor: Rod Lurie
Elenco: Kate Bosworth, Alexander Skarsgård, James Marsden, James Woods, Dominic Purcell
Produção: Marc Frydman, Rod Lurie
Roteiro: Rod Lurie, baseado na obra de Gordon Williams
Fotografia: Alik Sakharov
Trilha Sonora: Larry Groupé
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Suspense
A história conta a chegada de um roteirista de Hollywood, David Summer (James Mardsen), em uma pacata cidade do interior do sul dos Estados Unidos, com a sua esposa, Amy (Kate Bosworth) uma jovem atriz e, talvez a mais ilustre personalidade do lugarejo. Ela havia herdado uma propriedade do seu pai e resolveram passar uma temporada na cidade e aproveitar a tranquilidade da região. Nada como escrever um novo roteiro no silêncio do campo.
Mas a tão almejada tranquilidade rapidamente se dissipa. Logo que chegam ao local a Amy, considerada uma celebridade por todos da cidade, principalmente os homens, por seu trabalho em um seriado de TV, é visivelmente cobiçada. E ela não se nega de lançar boas doses de sensualidade ao meio, como se divertisse em atrair as atenções masculinas. Entre estas, a de um ex-namorado (Alexander Skarsgard), que se acha ainda no direito de se insinuar para Amy.
Na trama não falta também o valentão do bar, que não aceita o assédio de um homem, com distúrbios mentais a sua filha, e o espanca rotineiramente, sob o pretexto de mantê-lo afastado. Aparentemente descontextualizada, essa subtrama, no entanto, assume importância fundamental no desfecho da história, mostrando bastante engenhosidade na concepção do roteiro. Um inserção orgânica e convincente.
A tensão, mobilizada por Amy amplia-se de proporção a medida em que ela resolve provocar os quatro trabalhadores contratados para consertar a coberta da garagem de sua propriedade, entre esses o seu ex-namorado. Por conta de uma discussão com o marido, Amy troca-se de janela aberta, na altura do telhado, encarando aqueles homens, em trajes de serviço. Isso desperta a sanha machista dos trabalhadores que tramam de alguma forma satisfazer os instintos. A partir desse ponto, não há monotonia. O público antecipa o que está prestes a explodir, enquanto David apenas suspeita que algo não está correto, nas relações de sua esposa com os habitantes da cidade, notadamente os homens.
Os trabalhadores, com a evolução da história, sentem-se cada vez mais a vontade na propriedade, já que estão em maior número e são visivelmente mais condicionados fisicamente que o roteirista. Com isso, aprofunda-se um processo de intimidação e o cerco a Amy. E nada parece deter o curso dos acontecimentos, nos levando a um desfecho com forte carga dramática. Soma-se a isso, uma possível crise do casal, que volta e meia trocam acusações entre si. ele visto por ela como um covarde por não enfrentar os caras que a assediam e ele por considerar o comportamento de sua esposa excessivamente sensual, principalmente em uma cidade pequena, do sul dos EUA.
Vale aqui dizer que o filme original escandalizou o público e a crítica da época, por sua violência em cenas explícitas. A refilmagem, que foi baseado no mesmo livro Straw Dogs não deixa nada a desejar nesses dois itens. Apesar de os roteiristas serem outros, a montagem da história se deu de forma linear, meio que abandonando a tendência atual de histórias pontuadas de flashbacks, que muitas vezes me entediam. Um bom filme que merece ser visto por todos e principalmente por quem curte histórias contadas com primor.
Diretor: Rod Lurie
Elenco: Kate Bosworth, Alexander Skarsgård, James Marsden, James Woods, Dominic Purcell
Produção: Marc Frydman, Rod Lurie
Roteiro: Rod Lurie, baseado na obra de Gordon Williams
Fotografia: Alik Sakharov
Trilha Sonora: Larry Groupé
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Suspense
5 comentários:
filme muito booom! :)
anna
vc. sabe que Menina Má (Jac)Faleceu no ultimo dia 17?
Não, não sabia, mas como foi isso?
Cancer no pulmão.
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