terça-feira, março 29
Super High Me
Há filmes que não precisavam ser feitos. Este é um deles. Tentando parodiar Super Size Me, um documentário que mostra os efeitos de uma dieta composta somente por produtos do fast food Mc Donalds, por um mês, o comediante americano Doug Benson, usuário de cannabis desde criancinha, registra em película um mês que passou chapado, consumindo maconha diariamente.
Para a aventura, Doug preparou-se durante um mês, ficando em total abstinência e realizando exames médicos. A experiência é avaliada do ponto de vista clínico, e o único resultado diferente é um pior resultado no raciocínio matemático. Suas demais funções vitais mantêm-se estabilizadas e ainda apresenta um up em sua capacidade paranormal, segundo teste realizado.
Em meio ao clima de deboche, onde várias cenas do comediante em uma apresentação são exibidas, o filme mostra a ação do DEA, órgão federal responsável pelo combate aos entorpecentes, fazendo uma batida na Califórnia, estado onde o consumo é permitido, sob determinadas circunstâncias. Uma contradição entre as legislações do estado e do país.
O filme não tem a pretenção de ser científico, o que de fato não é. E se perde na tentativa do humor sobre uso de maconha. Achei perda de tempo. Uma dica para quem está querendo perder peso: a dieta de doug ficando chapado todo dia levou-o a engordar 3,5 kg em um mês.
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Super high Me
domingo, março 27
Sonho Tcheco
Não sou muto afeito a documentários. Tenho sempre a impressão que a história poderia ser mais objetiva, contada em menos tempo e que a direção enxerta passagens supérfluas apenas para o filme chegar a longa metragem. Com o Sonho Tcheco também é assim, mas apesar disso é bem interessante por abordar uma questão que diz respeito a todos. A nossa relação com o consumo e como os nossos impulsos reagem diante de determinadas possibilidades de compra.
Sonho Tcheco não é um filme novo. Foi rodado em 2003, pelos estudantes de cinema na Universidade de Praga Vít Klusák e Filip Remunda, como trabalho de termino de curso. A dupla resolveu documentar uma campanha publicitária de um novo e irreal supermercado, o Sonho Tcheco, desde a sua concepção até a inauguração, que na realidade é o fim de uma farsa. Os diretores não sabiam o que de fato iria acontecer, nem mesmo quais eram os seus objetivos, conforme contam na produção.
A encenação é completa. Os diretores travestem-se de gerentes de supermercado usando Hugo Boss, rótulos de produtos são criados e uma campanha publicitária em larga escala inunda Praga. Outdoors, busdoors, cartazes, rádio e televisão anunciam para o dia 31 de maio a inauguração do estabelecimento comercial, praticando preços bem mais baixos que a concorrência. É claro que tal notícia, como em qualquer outra cidade, iria causar consequências, iria atrair supostos clientes. meio óbvio. É claro que muita gente seria enganada.
Vale destacar que na República Tcheca, como mostra o filme, e talvez seja essa a maior virtude da película, o consumo é um hábito que beira a idolatria pela população. Depois de décadas com o mercado tutelado pelo estado, em tempos que conseguir produtos de primeira necessidade em quantidades mínimas demandava horas e horas em filas intermináveis, a possibilidade de ter quase tudo à mão era motivo de festa. Famílias se divertem com o consumo, ao ponto de passar o dia todo percorrendo gôndolas em hipermercados.
Também é digno de nota o momento político que o país atravessava, às vésperas de um plebiscito, onde se vendia que o ingresso na Comunidade Europeia seria o melhor dos ceus. Isso não fica muito claro, mas é passada a ideia de que os diretores não concordariam com a adesão da população, acreditando haver engodo na campanha política em curso. Tapeação talvez nas mesmas proporções de um supermercado imaginário documentado pelo filme. Quem quiser assistir, há sites na internet que disponibilizam. Vale a pena.
sábado, março 26
Restart apocalíptico
Talvez eu nunca tivesse ouvido falar em Restart ( uma banda de adolescentes que tiram um som alguma coisa entre o sertanejo de raiz e a Stefhany do crossfox) se não fosse uma frase rídicula sonorizada por um dos integrantes. O coitado disse não ter conhecimento da existência de uma civilização na região Norte do país, causando pesada indignação de alguns meios de comunicação de lá (por meio de comunicação, leia-se apresentadores espalhafatosos) .
Sem querer livrar a cara do autor da estapafúrdia e beócia frase restartista, é evidente que os revoltosos manauaras postos em vídeos espalhados pelo youtube estão buscando os holofotes. Tanto é assim que eu, que não tenho nada ver com isso, nem procurei me informar de coisa nenhuma que diga respeito ao caso, acabei sendo bombardeado por essas informações. Todos querem os seus quinze minutos de fama, ao que conta a lenda Andy Warholista.
O mais interessante é que todos os revoltados exigem porque exigem cultura dos restartistas, também nominados de restardados. Nesse mundo de espertos, só se engana quem quer. Como é fácil deixar aflorar preconceitos os mais diversos em momentos de choques culturais. Chamam tanto a gente de nordestino por aí a fora que nós (eu não) já nos consideramos como tal. Criaram até um tal de parlamento nordestino, com o objetivo de resolver os problemas da região(?).
Aliás, por nordestino, leia-se todo ser que migrou para o sul do país sem nenhum preparo formal, com vistas a melhorar de vida, deixando para trás um mundo de agruras. Não é esse o planeta que vivo. Não é essa a música que escuto, não são esses os meus ídolos, nem os meus heróis, nenhum deles, morreram de overdose.
sexta-feira, março 25
Premiere
Chegou às minhas mãos. O filme vale a pena, mas há um conflito de horário que ainda tenho que equacionar.
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quinta-feira, março 24
Entretanto entre poucos
Divagava eu em nuvens mentais
pontos geodésicos
certezas ancestrais.
Qual era a sina
deparar-me com os quereres
notas triviais.
As vezes um sorriso
as vezes segrede-me
imersa em manguezais
Dúvidas postas a prova
Não quero sempre os mesmos caminhos
as vezes quero surpresas tais.
pontos geodésicos
certezas ancestrais.
Qual era a sina
deparar-me com os quereres
notas triviais.
As vezes um sorriso
as vezes segrede-me
imersa em manguezais
Dúvidas postas a prova
Não quero sempre os mesmos caminhos
as vezes quero surpresas tais.
domingo, março 20
Não entre em pânico
= Se os seres humanos não ficarem constantemente utilizando os lábios, eles grudam e não abrem mais.
= Ficou horrorizado com aquele barulho que parecia um homem tentando gararejar e lutar contra toda uma alcatéia de lobos ao mesmo tempo.
= Ode ao pedacinho de massa de vidraceiro verde que encontrei no meu suvaco numa manhã de verão.
= Lamento não ter escutado o que mamãe me dizia quando eu era garoto.
- o que ela dizia?
- Não sei. Nunca escutei.
= Voltaremos à normalidade assim que tivermos certeza do que é de fato normal.
Douglas Adams
= Ficou horrorizado com aquele barulho que parecia um homem tentando gararejar e lutar contra toda uma alcatéia de lobos ao mesmo tempo.
= Ode ao pedacinho de massa de vidraceiro verde que encontrei no meu suvaco numa manhã de verão.
= Lamento não ter escutado o que mamãe me dizia quando eu era garoto.
- o que ela dizia?
- Não sei. Nunca escutei.
= Voltaremos à normalidade assim que tivermos certeza do que é de fato normal.
Douglas Adams
domingo, março 13
sábado, março 12
As Raizes do Mal
Meu professor de crítica de cinema diz que a gente deve assistir filmes tomando nota do que vê de relevante na tela. Acho que nunca serei crítico, a julgar pelo meu total desrespeito à regra.
Hoje, acordei cedo, dei uma olhada no torrent. Já tava no hd o filme A raiz do Mal, sueco-dinamarquês, que foi indicado ao Oscar de melhor estrangeiro de 2004. Perdeu para o canadense genial invasões Bárbaras. Recebi a dica da jornalista (de fato - Uma das questões do Enem do ano passado citava texto dela) Anna Cavalcanti. Muito bom. A Anna disse que lembrou de mim, quando oassistiu. Achei que entendi o porquê. E tem a ver com esse blog.
O filme conta a história real (?) de Erik. um jovem de 16 anos que tem sérios problemas em se manter nas escolas por seu temperamento agressivo, digamos. Ele tem uma mãe que o ama e um padrasto que extrapola as suas funções e o castiga sempre que algo vai mal em sua conduta escolar.
A mãe, em um ato de quase desespero, se desfaz de uma série de bens para custear os estudos de Erik em uma aristocrática escola particular. As públicas já não o mais aceita, em face da série de problemas ja registrados em outras instituições.
Lá, os problemas voltam a se repetir, mas Erick havia prometido que iria se manter nessa nova escola (agora interna), até concluir os seus estudos. Lá ele encontra os mais crueis alunos, que se utilizam de suas posições hierarquicamente superiores para humilhar os demais. O protagonista vive o dilema de cumprir a sua palavra dada a mãe ou reagir à altura dos acontecimentos, deixando claro quais são os seus valores, no que acredita.
Erick tem como companheiro de quarto, Pierre, que o considera o único amigo em toda o colégio. Intelectual, e não afeito a confusões. É esse amigo que sofre as consequencias pela conduta altiva de Erick, que consegue se tornar inalcançável aos seus algozes pelos excelentes resultados que consegue nas provas de natação da escola.
O filme é todo ele muito convicente. Não é difícil assumir as dores de Erick, que são tão comuns em muitos adolescentes. Sem dúvidas é um bom filme, convicente e verossímil. O roteiro deixa claro a importância de se defender os próprios princípios mesmo diante das adversidades. Mesmo que em alguns momento seja necessário engolir alguns sapos.
(Ondskan, 2003) • Direção: Mikael Håfström • Roteiro: ? • Gênero: Drama • Origem: Suécia • Duração: 113 minutos • Tipo: Longa-metragem Elenco
• Andreas Wilson | - |
• Henrik Lundström | - |
• Gustaf Skarsgård | - |
• Linda Zilliacus | - |
• Jesper Salén | - |
• Filip Berg | - |
• Fredrik af Trampe | - |
• Richard Danielsson |
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comentário As Raízes do Mal
sexta-feira, março 11
Curtas
Assisti Ágora e Morning Glory. O primeiro até que vale a pena, o segundo, nem tanto. Talvez para alguém que se interesse em saber um pouco mais sobre bastidores de noticiários, brigas de poder na mídia. Ágora bem interessante. Retrata o avanço do cristianismo, na idade antiga, mostrando o aparelhamento da religião para se conquistar o poder temporal.
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Enquanto o povo se embevece com a tsunami no Japão, que ocupa todo o noticiário, o Kadafi fica solto para aprontar das suas. Mas, afinal, que briga é aquela? Mais uma república teocrática? Ô povo doido, esses islamitas.
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Poucas coisas são tão despropositadas quanto esse dia internacional da mulher. Talvez para lembrar aos homens que os outros 364 dias são deles. A gente elege uma mulher prefeita e se a gente for reclamar do caos administrativo seremos chamados de machistas. É por isso que não digo nada.
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Show de sábado no Via Sul vale a pena. Assisti em Guaramiranga. Os caras são de primeira grandeza.
quinta-feira, março 3
Imaginem como será na quarta-feira!
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