sábado, fevereiro 26

Amor e Outras Drogas


Este é mais um daqueles filmes bonitinhos que procuram mostrar que o amor (hollywoodiano) não tem fronteiras e é capaz de superar todos os desafios e dificuldades. Amor e outras drogas tem o mérito de se locupletar da beleza de Anne Hathaway, que interpreta uma jovem de 26 anos, portadora de Parkinson e garçonete, que não tem esperanças de um relacionamento estável, por conta da enfermidade incurável que carrega.

A sua beleza lhe leva até ficas e outras pegadas. Ela não quer nada sério porque acha que o Parkinson não lhe dará chances de envolvimentos de longo prazo. Só romances casuais. Tudo isso começa a mudar quando conhece, em um consultório médico, o representante do laboratório Pfizer, um incorrigível sedutor, que recentemente havia sido demetido de um emprego de vendedor de eletrônicos por ter angariado a mulher de seu gerente. Nem os melhores profissionais sobrevivem na função após um caso dessa natureza ser descoberto.

No começo o relacionamento é super descolado que só. Mas, logo as coisas mudam, os sentimentos afloram e o que era sempre evitado pela garçonete passa a existir. O tão temido namoro. Em meio a trama, há uma tímida tentativa de mostrar o poderio dos laboratórios de medicamentos na prescrição dos profissionais médicos. Mas o cenário não leva a nenhuma consequência. Não há nenhum esforço no roteiro no sentido de se imiscuir neste campo, que poderia render alguma dramaticidade. O longa só arranha o tema.

Posto isso, o roteiro segue no ritmo historieta de amor, romance começa, fica sério, a questão central se impõe, há o rompimento do casal, que em seguida supera a dificuldade que se cria e são felizes para sempre. Alguma coisa parecida com tantas outras histórias de amor. A que me vem a cabeça é uma típica de sessão da tarde Como Fosse a Primeira Vez., com Adam Sandler e Drew Barrymore, trama bem parecida com este longa. Uma bela (Drew) que sofre uma doença, encontra um cara (Adam), começa o romance, fica sério, a doença é pretexto para o afastamento voltam e são felizes para sempre.

O título original, ainda tenta dissimular um pouco, o que trata o filme : Hard Sell, mas não passa mesmo de um filme de amor... e outras drogas.

Quem gosta de estória de amor e não se importa com o cheiro de mofo do roteiro, com certeza terá uma boa diversão.

Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Hank Azaria, Judy Greer, Gabriel Macht ,Katheryn Winnick, Oliver Platt, Jaimie Alexander, George Segal, Brenna Roth.

Direção: Edward Zwick
Gênero: Drama
Duração: 113 min.
Distribuidora: Fox Film

sábado, fevereiro 19

Sala 4

Leva este nome o local onde passarei a maior parte de minhas noites nos próximos quatro anos. É confortável e a conversa circulante no ambiente me parece amistosa e interssante. Ainda não conheço a maior parte dos meus companheiros, mas espero ter uma convivência pacífica com todos. A vida segue o seu rumo.

Escolhi o walk up como meio de condução. Até lá. Da minha casa, são 25 minutos marcados de relógio. Pelo caminho recebo boletins de partidos políticos de esquerda e coisas afins. E também presencio o abandono e o grau de degradação do ambiente público. Alguém tem culpa disso. Uma mais outros menos. Também descobri uma pastelaria. Vou ficar amigo.

quarta-feira, fevereiro 16

Da série - É por isso que não leio jornal

Por ser um bom anunciante, jamais veremos qualquer notícia que desabone o plano de saúde Unimed nos jornais mais vendidos na cidade. Porém, o pequeno O Estado, que não está na folha de pagamentos da empresa, saiu com essa.

Justiça condena Unimed a ressarcir e indenizar cliente por danos morais



A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve sentença de 1ª Instância que condenou a Unimed Fortaleza a ressarcir R.S.C. no valor de R$ 19.560,20. A empresa foi condenada também ao pagamento de R$ 15 mil referentes à indenização por danos morais. A decisão foi proferida durante sessão desta segunda-feira (14).

R.S.C. alegou que, mesmo sendo usuária do plano de saúde há mais de uma década e pagando as mensalidades em dia, teve de custear do próprio bolso a colocação de um stent farmacológico, bem como o uso do medicamento tissucol 3ml. O equipamento foi solicitado pelo cardiologista para procedimento cirúrgico, mas a Unimed não autorizou o procedimento.

Inconformada, a cliente recorreu à Justiça, alegando que a situação lhe trouxe muitos transtornos. Em contestação, o plano de saúde disse que o contrato de R.S.C. não possui amparo legal para o procedimento solicitado. A empresa explicou também que no documento existe uma cláusula excluindo o custeio de próteses, órteses e outros medicamentos.

Ao apreciar a matéria, o relator do processo, desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes, ressaltou que “é inquestionável que a escolha da técnica e dos instrumentos mais adequados ao tratamento da paciente deve ser feito pelo médico que a acompanha, não podendo o plano de saúde interferir nessa escolha”. Ainda de acordo com a visão do desembargador, se o contrato abrange cirurgias cardiovasculares e vasculares, a negação do fornecimento do stent, bem como de medicamento solicitado, fere diretamente o princípio da boa fé contratual.

terça-feira, fevereiro 15

Dicas do UOL

TROTE
Ritual feito no dia da matrícula dos calouros, os chamados "bixos". Os veteranos colocam a criatividade a favor da humilhação e do constrangimento de novos alunos, às vezes usando violência física. Entre os clássicos está cortar o cabelo

DENÚNCIA
Os alunos podem denunciar o trote. Devem registrar boletim de ocorrência e passar por exame de corpo de delito, se necessário. A denúncia, que mais tarde vira estatística, ajuda as entidades responsáveis a saber onde e como intervir

REAÇÃO
Reagir com violência ao trote pode desencadear mais violência ainda -uma punição à "desobediência" do calouro. Não é recomendado

UNIVERSIDADE
As instituições de ensino têm a obrigação de investigar casos de trote violento, pois podem ser punidas pelo Ministério Público caso deixem de fazê-lo. Algumas universidades já possuem serviço de disque-trote para receber denúncias

PODER PÚBLICO
Além das delegacias, os casos podem ser levados à Promotoria de Justiça da região do trote

EM CASA
As famílias dos estudantes, inclusive as dos veteranos, devem ficar atentas ao trote durante o período de matrícula

CONSEQUÊNCIAS
Os veteranos que submeterem calouros a trote violento podem ser expulsos ou suspensos da universidade. Isso não impede que também respondam pelo trote na Justiça

CRIMES
O trote pode ser enquadrado em uma série de crimes puníveis pelo Código Penal, por exemplo:

a. EXTORSÃO
Artigo 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa. PENA - reclusão, de quatro a dez anos, e multa

b. INJÚRIA
Artigo 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. PENA - detenção, de um a seis meses, ou multa

c. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Artigo 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. PENA - detenção, de três meses a um ano, ou multa

d. HOMICÍDIO SIMPLES
Artigo 121 - Matar alguém. PENA - reclusão, de 6 a 20 anos

e. LESÃO CORPORAL
Artigo 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. PENA - detenção, de três meses a um ano

sexta-feira, fevereiro 4

O Vencedor


Entre filmes que estão disputando o Oscar, O Vencedor é talvez o com mais cara de derrotado. Conta a história de um lutador de boxe. Micky Eklund, (Mark Walhberg) que tem uma vida pautada por fracassos porque é excessivamente controlado pela família. A mãe agencia as lutas e um irmão drogado é seu técnico e treinador. A situação chega a ser ridícula, quando o protagonista se vê obrigado a lutar com um boxer 10 quilos mais pesado. É claro que o desafio se transforma em um massacre e nosso herói volta moído para casa.

As coisas começam a melhorar quando o o irmão viciado, Dick Eklund (Cristhian Bale) vai preso por armar golpes se passando por policial. Micky dispensa também a mãe como empresária, e este posto é assumido por um dono de uma frota de taxi, que começa a fechar contratos para lutas que realmente o leva para uma carreira de sucesso.

Como podemos ver, já assistimos esse roteiro várias vezes em filmes como Rocky Um Lutador, O Campeão etc etc etc. o Vencedor tem alguma mérito por mostrar as relações intricadas de uma família matriarcal e também a recuperação de Dicky, que consegue, na prisão, se libertar do mundo das drogas. Mas é só. Não assistir é perder muito pouco, ou quase nada.

Da coluna de Sírio Possenti

"Praticamente os mesmos intelectuais e órgãos da mídia que se posicionam contrariamente ao emprego da forma "presidenta" passaram alguns anos detonando a política externa do Brasil com os governos do Irã, de Cuba, da Bolívia e da Venezuela, às vezes com mais, outras com menos razões. O texto era sempre o mesmo. Mas nunca deram um pio sobre as grandes democracias tunisiana e egípcia! Vê-se logo que não criticavam política e regimes por convicção democrática. Apenas seguiam o bumbo. Como não encontravam nada na Vejinha sobre outros países..."