Interessante a ideia de que estão fazendo deste filme. A originalidade de voltar ao passado de forma tão contundente. Algo como a paradona da Mangueira. Original por não fazer exatamente nada de novo, só devolver o silêncio pré-existente ao publico. Rodado em preto e branco e em dimensões 6x9, afrontando o formato wide screen popularizado até pelas televisões de lcd, led, plasma e outros tecnologias de ponta, O Artista ousa, fazendo o mais retrôs dos filmes da atualidade. E por isso mesmo consegue ser indicado ao Oscar, que será entregue no próximo domingo.
A história é simples e angustiante. Um ator de muito sucesso do cinema mudo se vê numa encruzilhada ao surgir o cinema falado. De espírito conservador, não vê a novidade da época como uma promessa revolucionária, e recusa-se a aderir a nova era do cinema. Aposta tudo na sua imagem que fazia muito sucesso nas telas e dá as costas ao estudio quando este ingressa nas produções sonorizadas.
Após rejeitar a ideia de atuar em um filme falado, no início dos anos 30, George Valentin investe em sua própria produção muda. O fracasso é retumbante, o que lhe leva à falência. De ator famoso, super vaidoso, passa a ostracismo rapidamente, o que o obriga a vender todos os seus bens. O seu motorista e secretário pessoal está há um ano sem receber salário. O casamento, que não era esses balaios todos, se desmonta totalmente e só resta a ele a bebedeira. Interessante ver uma cena em que ele sai de uma sala de projeção vazia onde é exibido o seu filme e o cartaz que emoldura a cena é "lonely man", ou alguma coisa assim...
Mas nem tudo está perdido na vida Valentin. Uma atriz que ele ajudou no início da carreira e passou sem dificuldades para o cinema falado quer ajudá-lo. Mas ele não está muito para aceitar o auxílio, porque no início da sua crise existencial ouviu dela palavras que o incomodaram muito.
Confesso que não foi uma coisa muito confortável assistir ao filme. A gente fica esperando a todo momento que a sonorização entre e nos devolva o conforto dos diálogos, sem a necessidade de subtitles. Mas não chega de ser interessante, embora não tenha nem de longe a lucidez e a graça de um Charlie Chaplin mudo. Também não sei se a mesma história se sustentaria de houvesse falas em O Artista. Tudo fica no exercício da imaginação. Mas, sinceramente, não podemos chamar esse filme de indispensável. Acho que em pouco tempo será esquecido, uma curiosidade que será lembrado somente pelos cinéfilos mais voltados a curiosidades do que a qualidade das produções.
A história é simples e angustiante. Um ator de muito sucesso do cinema mudo se vê numa encruzilhada ao surgir o cinema falado. De espírito conservador, não vê a novidade da época como uma promessa revolucionária, e recusa-se a aderir a nova era do cinema. Aposta tudo na sua imagem que fazia muito sucesso nas telas e dá as costas ao estudio quando este ingressa nas produções sonorizadas.
Após rejeitar a ideia de atuar em um filme falado, no início dos anos 30, George Valentin investe em sua própria produção muda. O fracasso é retumbante, o que lhe leva à falência. De ator famoso, super vaidoso, passa a ostracismo rapidamente, o que o obriga a vender todos os seus bens. O seu motorista e secretário pessoal está há um ano sem receber salário. O casamento, que não era esses balaios todos, se desmonta totalmente e só resta a ele a bebedeira. Interessante ver uma cena em que ele sai de uma sala de projeção vazia onde é exibido o seu filme e o cartaz que emoldura a cena é "lonely man", ou alguma coisa assim...
Mas nem tudo está perdido na vida Valentin. Uma atriz que ele ajudou no início da carreira e passou sem dificuldades para o cinema falado quer ajudá-lo. Mas ele não está muito para aceitar o auxílio, porque no início da sua crise existencial ouviu dela palavras que o incomodaram muito.
Confesso que não foi uma coisa muito confortável assistir ao filme. A gente fica esperando a todo momento que a sonorização entre e nos devolva o conforto dos diálogos, sem a necessidade de subtitles. Mas não chega de ser interessante, embora não tenha nem de longe a lucidez e a graça de um Charlie Chaplin mudo. Também não sei se a mesma história se sustentaria de houvesse falas em O Artista. Tudo fica no exercício da imaginação. Mas, sinceramente, não podemos chamar esse filme de indispensável. Acho que em pouco tempo será esquecido, uma curiosidade que será lembrado somente pelos cinéfilos mais voltados a curiosidades do que a qualidade das produções.
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch. |
Direção: Michel Hazanavicius |
Gênero: Romance, Comédia, Drama |
Duração: 100 min. |