O que é óbvio para a grande maioria do povo brasileiro é que Lula conseguiu administrar esse país de forma muito mais benéfica para as camadas mais necessitadas da população do que os 500 anos anteriores de tucanismo-demonismo, tão bem sincretizados na gestão FHC. E o coitado do Serra ainda quis, através de uma propaganda enganosa, dizer que era a continuidade de Lula. Quem esse paulista pensa que é? Ou melhor, o que ele pensa da inteligência do povo? O mais estupefaciante é repetir em sua propaganda que foi ministro duas vezes. Mas ministro de quem? De que Governo? Só faltou afirmar que era do ministério de Lula.
Falando na real, Serra jamais poderia ter sido o candidato do PSDB, se esse partido quisesse ter alguma chance na atual campanha. Porém, Serra preferiu esfacelar o partido mesmo sem qualquer possibilidade de vitória a ter a humildade de reconhecer que Aécio Neves seria muito mais palatável à opinião pública. O ex-governador mineiro não havia sujado as mãos na gestão FHC, e por isso mesmo estaria desvinculado do ex-presidente tucano. Serra e FHC são a mesma coisa, o país sabe disso. Só Serra parece não saber. E como tal, a comparação não é Serra x Dilma, mas FHC x Lula. Desta forma, o máximo de popularidade adquirida, fruto de uma administração bem aceita e quista, não poderia ter alguma desvantagem contra uma gestão que terminou pifiamente, supermega mal avaliada, com inflações galopantes e dólar a R$ 4,00. Quem seria o doido de querer isso de volta? Só os que pensam em se locupletar nas tetas da viúva. E tal contingente é infinitamente minoritário entre o eleitorado.
Além de uma candidatura natimorta, o tucanato produziu erros em profusão durante a campanha em curso. Se não bastasse a estratégia equivocada de querer mostrar Serra como o candidato de Lula, a propaganda do Zé não tinha o que dizer. Por isso, tentou de todas as formas desqualificar Dilma Roussef. A última estratégia foi chamá-la de terrorista por ter tido a ousadia de lutar contra a ditadura militar. O mais primário sociólogo seria capaz de tirar a legitimidade de uma luta que tem como adversário um regime autoritário, ilegal, inconstitucional e divorciado da vontade da população. Serra deveria ter consultado o seu mentor FHC sobre o assunto.
Mas, sem dúvida, o maior de seus erros foi acreditar que os mídias tucanos (Folha de São Paulo, Revista Veja, e o grupo Globo) seriam capaz de sustentar a sua campanha contra tudo e todos. Felizmente, o Brasil tem comunicações alternativas capaz de fazer frente a esta avalanche de contrainformação e a inexorável avaliação pessoal de seus proprios sentimentos com relação às transformações acontecidas no país. Não é mais possível através da edição de um debate como já foi feito, mudar o rumo de uma eleição. Agora, as pesquisas de opinião começam a fazer seus ajustes para não cair no descrédito total no primeiro domingo de outubro. Sabe qual é a principal diferença entre Serra e Dilma? 24 pontos nas pesquisas de opinião. Quem viver verá.
terça-feira, agosto 31
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
E a baixaria já começou no horário político. Uma vergonha o Serra ainda querer pagar de santo pra ir para o segundo turno. E vamos combinar, a mesma campanha de sempre, não muda, não evolui. Brasil tá na hora de se lançar no mundo e não abrir as portas pra que os outros países entrem e façam a festa, como sempre foi.
A vida anda tão corrida que você não tem mais tempo de escrever? Beijos
Postar um comentário