Estranho mesmo é ver, um artigo em um jornal, produzido por um jornalista professor universitário de um curso de comunicação social oferecer uma série de argumentos desonestos pela extinção da exigência de uma formação acadêmica para o exercício profissional do jornalismo.
Se a sua argumentação não fosse desonesta, ele seria o desonesto. Como é que se diz que uma faculdade é absolutamente inócua para o exercício profissional sendo um dos professores desse curso? Na mais razoável das hipóteses está confessando a sua completa incompetência de participar na formação de profissionais jornalistas. Deveria então devolver tudo o quanto recebeu como professor universitário.
Mas a gente sabe, eu pelo menos sei, que o pseudo intelectual militante da academia está a serviço de interesses de terceiros. Ele busca tão somente fazer uma média (provavelmente com alguma compensação) com os empresários da comunicação, que querem transformar as redações em balcão de negócios. Notícias também chamadas de rec-rec (recomendadas pela direção da empresa) passariam ser a principal mola dos noticiários. A área redacional não se distinguiria dos textos publicitários. A cada “notícia” veiculada lucros seriam contabilizados pela venda do espaço. É esse o futuro que a liberdade de imprensa terá se alguma coisa não for feita para impedir este assustador andar da carruagem.